As Leis Wiccanas - redigida por Gerard B Gardner e com 22 adicionais leis de Alex Sanders

09/10/2010

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Quando confrontado pelo seu coven e pela sua Alta Sacerdotisa (Doreen Valiente) de que não existiam Leis Wiccanas e como tal tinham de ser criadas, Gerald Gardner apresentou as leis abaixo como sendo as Leis da Wicca e que deveriam ser respeitadas por todos os praticantes.
Foram estas leis e os eventos que as antecederam que levaram Doreen Valiente a sair da Tradição Gardneriana.

As Leis Wiccanas

I - Esta é a Lei, antiga e aceita, tal como se prescreveu.

II - Ela foi feita para os adeptos, por guia, ajuda e conselho em todas as suas aflições.

III - Cumpre aos adeptos reverenciar os Deuses e Deusas, obedecendo-lhes a tudo que for dito, na conformidade de seus mandamentos; eis que foram propostos para esses mesmos adeptos, e isto se fez por seu bem; assim como a reverência aos Deuses e Deusas bem é de sua conveniência. Na verdade, os Deuses, assim como as Densas, amam os que se confraternizam e chama-se irmãos, nos círculos dos iniciados.

IV - Tal como um homem ama a sua mulher, não devem os adeptos ocupar o domínio dos Deuses e Deusas, mas sim promovam amá-los através de atos e manifestações deste sentimento.

V - É necessário que o círculo dos adeptos, o qual templo é dos Deuses e das Densas, seja levantado e purificado, pois assim lugar merecido será, onde estarão Deuses e Deusas em presença.

VI - E os adeptos se prepararão, e estarão purificados, a fim de que possam ir à presença dos Deuses e diante das Densas.

VII - E os adeptos elevarão forças com poder, desde seus corpos, para que, repletos, tornem o poder aos Deuses e Densas, tanto com amor quanto reverência no íntimo de seus corações.

VIII - Tal como doutrina foi estabelecida, do passado; pois tão-somente assim é possível haver comunhão entre homens e Deuses; e entre Deusas e homens; visto que nem podem os Deuses, assim como as próprias Densas, estender seu auxílio aos homens, sem a mesma ajuda destes.

IX - E uma haverá a Suma Sacerdotisa, a qual regerá o círculo dos adeptos, como elo de ligação dos Deuses, assim como das Deusas.

X - E haverá um Sumo Sacerdote que a sustentará nos seus feitos, como representante dos Deuses, assim como das Densas

XI - E a Suma Sacerdotisa escolherá a quem bem queira, desde que baste em hierarquia, para que lhe dê assistência, na condição de Sumo Sacerdote

XII - Atentando-se a que, tal como os próprios Deuses lhe beijaram os pés, a Arádia (deusa suprema), e por cinco vezes a saudaram, depondo seus poderes aos pés das densas, em submissão - pois que eram elas juvenis e dotadas de toda beleza, e em si havia gentilezas como havia doçuras; sabedoria como justiça; humildade e generosidade.

XIII - Assim mesmo a ela confiaram todos os poderes divinos que eram de sua própria característica.

XIV - Eis que, porém, a Suma Sacerdotisa deve ter em espírito que todos os seus poderes emanam dos Deuses, e das Densas também.

XV - E os poderes lhe são cedidos tão-somente por uns tempos, para que deles usem; com sabedoria e bom-senso que assim os usem.

XVI - E portanto, sempre que esta Sacerdotisa vier a ser julgada pelo Conselho dos que são adeptos, a ela caberá aceitar a renunciar o poder -de boa vontade - em favor de uma mulher que seja mais jovem.

XVII - Porque a Suma Sacerdotisa, quando legítima, há de reconhecer que uma de suas virtudes mais sublimes é ceder a honra de sua posição, em gesto de boa vontade, para aquela outra mulher que deve sucedê-la.

XVIII - E por compensação de seu ato, ela voltará a esta posição de Suma Sacerdotisa numa vida futura, com poder e suprema beleza, sempre aumentados, pois assim é a prescrição da Lei.

XIX - Ora, nos tempos antigos, quando a Lei entre os adeptos se estendia aos longes, vivíamos em gozo de liberdade; e nossos cultos e ritos tinham por local os mais nobres dos tempos.

XX - Mas correm agora dias infelizes, em que precisamos celebrar em secreto os nossos sagrados e santos mistérios.

XXI - E hoje que esta seja a Lei: que ninguém que não seja adepto possa estar presente a estes nossos mistérios; porque muitos são aqueles que não nos tem afeto; e a língua do homem na tortura se desata.

XXII - E hoje que esta seja a Lei: que nenhum dos locais de nossos círculos de adeptos sejam conhecidos pelos desafetuosos ou sejam por ali estejam.

XXIII - E nem saibam quem são nossos membros, com exceção apenas do Sumo Sacerdote e da Suma Sacerdotisa, bem como aquele que conduza as mensagens nas anunciações.

XXIV - E não se estabelecerá relação entre um e outro círculo de adeptos; salvo por mediação daquele que faz a anunciação dos Deuses, ou leva a palavra das convocações dos círculos.

XXV - E quando tudo esteja muito a salvo, é dito aos círculos dos adeptos que se encontrem em lugar determinado, em segurança, para celebração das grandes festas.

XXVI - E enquanto ali se acharem, nenhum dos presentes dirá de onde veio, nem seus nomes reais se farão conhecidos.

XXVII - E isto é para que, se algum deles for torturado ou interrogado, não possa, em sua agonia, dizer o que lhe mandam, pois não o sabe.

XXVIII - E fique este mandamento: que nenhum irmão ou irmã diga a um estranho à Lei, quem são os adeptos; que não declare nomes,; nem contará onde se reúnem; nem por qualquer forma ou maneira, trairá algum de nós aos que nos perseguem para a morte.

XXIX - Nem se dirá onde fica o lugar do Grande Conselho dos Adeptos.

XXX - Nem tampouco, a Sua Própria Sede, onde se encontram os seus companheiros Circulo, em particular.

XXXI - Nem onde serão os encontros do Círculo que fazes parte.

XXXII - E se alguém infringir as Leis, ainda que na sua agonia dos suplícios, sobre sua cabeça desabará a maldição da Grande Deusa, de tal modo que nem venha a renascer nestes elementos conhecidos por nós, e que sua permanência eterna seja no inferno dos que se dizem cristãos.

XXXIII - E que, cada uma dentre as Sumas Sacerdotisas presida sobre seu próprio Círculo, distribuindo amor e justiça, com ajuda e conselho do Sumo Sacerdote, e dos mais antigos, dando ouvido em constantes ocasiões, ao que traz a mensagem dos Deuses, nas anunciações que ocorrerem.

XXXIV - E ela dará ainda mais ouvidos às observações dos que se dizem irmãos; e todas as disputas e diferenças que haja entre eles sejam de sua responsabilidade.

XXXV - Entretanto, força é reconhecer que haverá em todos os tempos, adeptos discutindo com rivalidade para forçar suas decisões e vontade a outros.

XXXVI - Não que isso em si seja mau.

XXXVII - Porque muitas vezes, se expressam boas idéias; e as que sejam boas devem ser discutidas em Conselho.

XXXVIII - Mas havendo divergência ou incoerência quanto às idéias, no confronto dos irmãos e irmãs, ou se for dito:

XXXIX - “Não aceitarei as ordens da Suma Sacerdotisa”,

XL - É bom que se saiba: a Lei antiga sempre foi da conveniência dos adeptos unidos, e assim se evitarão disputas.

XLI - E quem discordar terá o direito de estabelecer um novo círculo de adeptos; e isso também é necessário quando um de seus membros precisar afastar-se, indo morar em local distante das Sedes, ou quando as vinculações ficarem perdidas entre o Círculo e esse adepto em particular.

XLII - E qualquer um que tenha sua moradia perto das Sedes dos Círculos dos adeptos, mas se mostre desejoso de estabelecer novo Círculo, assim o dirá aos mais antigos, declarando-lhes sua intenção. E isto dito, poderá afastar-se na mesma hora, e buscar outro lugar distante.

XLIII - Ainda assim, os que sejam membros de um Círculo antigo poderão mudar-se para o novo. Mas se o fizerem, e necessário removerem-se para sempre, do local do Círculo antigo, do qual faziam parte.

XLIV - Os mais antigos, do novo e do velho Círculo, porém, decidirão em entendimento mútuo, e com amor fraterno, sobre os novos rumos em que devem se firmar, na separação dos dois Círculos de adeptos da Lei.

XLV - E os praticantes da Arte que tenham suas moradias em local distante dessas ambas Sedes, fora de seus limites, poderão pertencer a um ou outro destes, e não aos dois no mesmo tempo.

XLVI - Entretanto todos poderão sob permissão dos mais antigos, comparecer aos festivais solenes, desde que haja paz e fraternal afeto entre os presentes.

XLVII - Mas quem leva a desavença ao seio dos Círculos dos adeptos é réu de punição severa, e para tanto se fizeram as velhas leis: assim, que a maldição da Suprema Deusa lhe desabe sobre a cabeça, a toda Lei que desconsiderar. E tal é o mandamento.

XLVIII - E se tu tiveres contigo um Livro Das Sombras, que este seja escrito por tua letra e de teu punho. Mas se qualquer dos irmãos ou das irmãs, for desejoso de ter uma cópia, assim será por certo; mas não deixes nunca que tal livro te saia das mãos; e nem tragas contigo, nem tenhas sob tua guarda aquilo que outra pessoa escreveu e que o seja de letra e punho deste.

XLIX - Eis que se tal livro for encontrado com outra pessoa, e seja de tua letra, esta pessoa poderá ser levada a julgamento.

L - E que cada um tenha consigo o que seja de sua mesma escrita e próprio punho, destruindo o que deva ser destruído, toda vez que estiver sob ameaça e risco maior.

LI - E que o que aprenderes seja perfeitamente sabido; mas, passado o perigo e afastados os riscos, escreverás em teu Livro, quando houver segurança; e o que antes tiveres escrito e destruído, nessas ocasiões o reescreverás.

LII - E se for sabido que algum dos adeptos morreu, será dever a destruição deste seu Livro Das Sombras, e de semelhantes, para que não caia em mãos erradas, entre profanos.

LIII - Prova constituirá, certamente, contra aquele profano que tiver o Livro de um dos irmãos da Arte, pois não é filho da Lei.

LIV - E contra também aos profanos que nos oprimem e dizem:

“Ninguém é bruxo e está sozinho”.

LV - Portanto todos os teus parentes e amigos podem se encontrar sob risco de torturas e investigações,

LVI - E isto é a razão porque tudo o que se escreveu deve ser destruído.

LVII - Mas se teu Livro Das Sombras for achado contigo, isto se demonstrará contra ti e somente tu serás citado às cortes profanas.

LVIII - Guarda em teu coração aquilo que se sabe da Arte.

LIX - E se o suplício for tamanho que não possas suportar, então dirás:

“Confessarei porque não sou capaz de resistir a estes tratos”.

LX - Mas que pretendes dizer?

LXI - E se tentarem fazer com que fales sobre teus companheiros, não o faças.

LXII - Mas se tentarem fazer com que fales de coisas impossíveis, das que não são usuais entre bruxos, tal como voar com cabos de vassouras; ter pactos com demônios, desses em que crêem os cristãos; sacrifícios de crianças,

LXIII - sacrifício de Virgens e inocentes; ou insinuações de canibalismo; poluição e profanação de hóstias; missas negras que se rezam nos ventres das mulheres devassas; poços de urina onde se profanam as coisas santas; ungüentos de invisibilidade; secar os leites das vacas; fazer cair granizo; moverem-se objetos pesados; danças em sabaths presididas por Satanás, que recebe no ânus o beijo dito infame; se por fim, indagarem destas coisas,

LXIV - Dirás para que tenhas alívio dos padecimentos que te inflijam:

“Sim! Acho que tive pesadelos; ou meu espírito foi arrancado; ou me parece que tive um momento de insanidade e loucura

LXV Na verdade algumas autoridades têm compaixão; e se houver pretexto, poderão até agir com misericórdia. Cautela com frades e fanáticos.

LXVI - Se disseres algo, porém, que te comprometa, ou a outros companheiros, não te esqueças de negá-lo depois, desmentindo tudo, para afirmar - durante os maus-tratos - que nem saibas do que falavas.

LXVII E se te condenarem, não tenhas cuidado.

LXVIII É que teus irmãos, dos Círculos dos adeptos, são gente de poder e te ajudarão a fugir, desde que não percas a firmeza nem desates a língua. Se contudo, te traíres, ou aos demais, já não te restará esperança de salvação, nem nesta vida nem na futura.

LXIX - Não te inquietes: se em tua firmeza te conduzirem à fogueira do suplício - para o desfrute dos cristãos e de seus demônios -, teus irmãos te ministrarão drogas suavizantes, e te haverá conforto, e nem sofrerás dores. Para a morte partirás tranqüilo, e para o consolo do além, que éo êxtase nos braços da Deusa Suprema.

LXX E teu gozo não será o da CARNE, mas sim do ESPIRITO, que éna sua purificação, e elevação, que os adeptos se dedicam as suas obras.

LXXI -Mas para evitar que sejas descoberto, teus instrumentos de Arte serão bem simples, como os que são encontrados nas casas comuns dos profanos; e entre eles não se dirá nada.

LXXII É bom que os pentáculos sejam feitos de cera, de modo que logo se rompam, e mais rápido sejam derretidos, como qualquer obra artesanal.

LXXIII Em tua casa não terás armas, nem espada, a menos que as permita tua hierarquia no Círculo.

LXXIV Em tua casa não gravarás símbolos, nem sinais, nem nomes que soem estranhamente. Nem em nada os escreverás.

LXXV Quando for necessário seu uso, então escreverás com tinta, o que tiveres de traças e escrever, no momento das consagrações; e passadas estas, com a obra terminada, tu apagarás tudo tão logo não seja necessário continuar escrito.

LXXVI Nos punhos das armas quando te forem permitidas, mostrarás quem és entre os adeptos, mas não o saberão os PROFANOS, nem os que te perseguem.

LXXVII Nelas não farás gravuras, nem inscrições, para que pelos símbolos não conheçam tua condição, que assim serias traído.

LXXVIII Não te esqueças nunca que és um dos filhos secretos da Deusa Suprema; assim não desgraçarás a ti, nem a teus irmãos, nem a entidade divina.

LXXIX Seja modesto; Não uses de AMEAÇAS; não digas jamais que desejarias a PERDA ALHEIA, ou que te seria possível CAUSAR DANO a alguém.

LXXX - E se por acaso alguém que não seja do Círculo dos adeptos, se referir à Arte, lhe dirás: “Não me fales dessas coisas, que elas me apavoram”.

LXXXI - E o motivo para que assim procedas é que os que se declaram cristãos costumam por espiões por toda parte. Eles se gostam da perda e danos alheios, e pretextam e protestam afeto. E muitos são fingidos por sentir afinidade com a Arte e desejar reverenciar os deuses antigos.

LXXXII - Muitas vezes os propósitos cristãos são maus. Aos tais se negue sempre o conhecimento das verdades ocultas.

LXXXIII - A outros interessados na Arte porém se dirá: “Falem aos homens que feiticeiras e bruxos que voam pelos ares cavalgando vassouras é pura estupidez. E para que isto fosse possível, haveriam de ter pelo menos a leveza dos flocos que a brisa sobre das árvores. E se diz que bruxas e bruxos são feios e vesgos; sempre velhos e feios. Que prazer terá alguém em estar nas suas assembléias ou sabaths, segundo o personagem criado que estes profanos dizem existir?”

LXXXIV - E acrescente: “Os homens de bom senso sabem que tais criaturas não existem de verdade”.

LXXXV - Procura sempre ter como passageiras estas tais coisas; que algum dia hão de acabar as perseguições e a intolerância, quando voltaremos em segurança, a reverenciar os Deuses do passado.

LXXXVI- Oremos para que venham dias mais felizes.

LXXXVII - Que as bênçãos da Suprema Deusa e dos Deuses sejam com todos aqueles que respeitam estas Leis e obedecem aos mandamentos.

LXXXVIII - E se por acaso há alguma propriedade característica da Arte, seja ela mantida, cooperando todos a preservá-la em sua simplicidade e pureza, para bem de cada um dos adeptos.

LXXXIX - E se algum dinheiro ou valor do bem comum for confiado a qualquer um dos adeptos, que ele cuide de agir honestamente.

XC - E se algum dos irmãos do Círculo realizar de fato alguma tarefa, éjusto que se lhe d~ uma recompensa; porque não se trata aqui de receber pagamentos por obra da Arte, mas sim por recompensa de trabalho honrado.

XCI - Isto o permite a Lei, com boa-fé. E mesmo os que se dizem cristãos falam assim: “O jornaleiro é digno de seu salário”, e tais palavras estão em suas Escrituras. Entretanto, se algum dos irmãos quiser trabalhar, em algum serviço para o bem da Arte, e por amor que lhe tem, sem receber qualquer recompensa, a ele e a todos do Círculo lhes recaíram grande Honra. A Lei o permite, e o mais que se ordenou.

XCII - E havendo alguma disputa ou discussão entre os adeptos, rapidamente a Suma Sacerdotisa reunirá os mais antigos, ouvindo-se todos os fatos e partes, cada um por sua vez e ao final em conjunto.

XCIII - A seu tempo se decidirá com justiça, sem que o sem razão seja favorecido.

XCIV - Sempre se reconheceu existirem aqueles que não concordam em trabalhar sob ordens dos outros.

XCV - Mas ao mesmo tempo foi reconhecido que existem os que são incapazes de julgar com justiça, ou dirigir com boa-fé.

XCVI - E quanto aos que são incapazes de obedecer, mas só cismam de mandar e dirigir, eis o que se lhes dirá:

XCVII - “Não fiquem neste Círculo, ou estejam em outro, ou ainda saiam a organizar seu próprio Círculo, ou nele mandem, levando consigo os que os acompanhem

XC VIII - E os que forem inconciliáveis, estes se retirem.

XCIX- Eis que ninguém pode estar num mesmo círculo em que se apresentem aqueles com os quais não estejam em harmonia.

C - Os que discordem de seus irmãos não podem conviver com eles na prática da Arte, mas esta há de permanecer com a ausência dos mesmo, que tal é o nosso mandamento.

CI - Nos tempos antigos, quando éramos poderosos, nada impedia que usássemos da Arte contra todo que atentasse contra nossos irmãos e irmãs. Nestes dias, porém, quando impera o mal, não devemos agir desta sorte. Eis que nossos desafetos inventaram uma abismo onde arde o foto eterno, no qual, a seu dizer, seu próprio deus lança todos aqueles que o adoram, salvo uns muitos poucos eleitos, que são salvos por mediação de sacerdotes, por míeío de práticas, ritos, missas e sacramentos. E nisto tem muito peso o dinheiro, quando dado em abundância; e os favores dessa lei se pagam alto e caro, em ricas doações, porque a sua igreja é sempre sedenta e faminta de bens palpáveis.

CII - Nossos Deuses, porém, nada exigem, nada pedem, requerendo, ao invés, nosso auxílio, para que sejam abundantes as colheitas, e entre os homens e as mulheres haja fertilidade, e nada lhes falte; visto que manipulam o poder que levantamos na grande obra dos Círculos dos adeptos; e como os ajudamos, na mesma medida somos ajudados.

CIII - A igreja, contudo, dos que se dizem cristãos, carece da ajuda dos seus; para que a utilize, não para algum bem, mas para nosso mal; para descobrir-nos, perseguir-nos, destruir-nos; E suas ação não tem fim. E seus sacerdotes ousam afirmar-lhes que os que buscam nosso auxilio serão prejudicados eternamente no fogo do inferno. E isto de causar temor é que induz à loucura.

CIV - Tais sacerdotes acenam-lhes com uma oportunidade de salvação, fazendo-os crer que, alimentando-nos, escaparão eles a seu próprio inferno, como o chamam. Eis porque vivem todos os que se dizem dessa lei a espionar-nos, pensando em seu coração: “Basta-me apanhar um só desses bruxos, ou uma só dessas feiticeiras, para que me furte ao abismo do fogo eterno”.

CV - Assim, pois temos de nos refugiar em abrigo ocultas; e os que nos buscam, e não nos acham, usam dizer: “Já não os há; ou se algum existe, seu lugar não é aqui, ou bem remoto”.

CVI - Porém, quando vem a perecer algum dos que nos oprimem, seja por qualquer meio de morte ou até doenças; ou mesmo adoece, logo dizem: “Ora, trata-se de malícia dos tais bruxos”. Com isto tornam à caçada. E ainda quando matem dez ou mais dos legítimos por um só verdadeiro dos nossos, isto não nos preocupa. É que seu número se conta em muitos milhares.

CVII - Mas nós sabemos o quão poucos somos, e nossa Lei é nos rege.

CVIII - Por isto mesmo nenhum dos nossos recorrerá à Arte por VINGANÇA, nem para CAUSAR DANO a ninguém.

CIX - E por mais que nos maltratem, injuriem e ameacem, a nenhum se causará MAL. E nos dias que correm, inúmeros são os que descrêem em nossa existência. E isto é bom.

CX - Assim, portanto, estaremos sempre ajudados desta Lei, em nossas dificuldades; mas ninguém dos nossos - por maiores injustiças que possa vir a receber, usará os poderes em punição dos culpados, nem causará qualquer dano. Os adeptos poderão após consulta entre seus irmãos da Arte, recorrer a esta, conforme for determinado, para resguardo contra perseguições movidas pela igreja que nos injuria, não, porém, para levar castigo aos dessa que o mereçam.

CXI - Em tal fito, o injuriado assim dirá: “Eis que surge um perseguidor combatente, e investiga nossas ações, indo em perseguição de pobres anciãs, das que estão à vontade na Arte, ou disto suspeita; ninguém entretanto lhe fez mal por esta causa, e isto mostra realmente que elas não poderiam em nada ser feiticeiras, por não praticarem malícias; ou então, na verdade não existem, ou já não existem bruxos ou bruxas.

CXII - É fato notório que muitos têm sido mortos, porque alguém lhes tinha algum ressentimento; ou então foram perseguidos por se saber que possuíam dinheiro, ou outra forma de bens passíveis de seqüestro, e nem se contavam entre os adeptos; ou ainda, não dispunham de meios para subornar os agentes da perseguição. E muitas, ainda foram mortas por serem velhas rabugentas ou resmungonas. Na verdade se diz entre os que nos perseguem, que somente as velhas costumam ser bruxas.

CXIII - E isto coopera para nossa vantagem e proveito, desviando-se de nós a suspeita do que somos.

CXIV - Graças ao sigilo, muito tempo é passado, na Escócia, como em

Gales e na Inglaterra, sem que se tenha punido de morte algum adepto.

Entretanto, qualquer abuso de nossos poderes tornaria a causar as

perseguições obsessivas.

CXV - Dizemos aos nossos irmãos que não infrinjam a Lei, por maior que lhes seja a tentação de fazê-lo; e jamais permitam que haja infrações destas, a mínima que seja.

CXVI - E se alguns dos nossos vier a saber que se infringiu a Lei, breve será a sua reação contra esse risco.

CXVII - E qualquer Suma Sacerdotisa ou Sumo Sacerdote que possa concordar com essas infrações, é réu de culpa, e a retirada de seu posto será seu castigo; visto que seu consentimento implica risco de que o sangue de nossos irmãos seja derramado, e algum deles seja levado à morte pelos eclesiásticos da igreja que nos persegue.

CXVIII - Mas que se faça o bem, e com determinação e em segurança.

CIX - Todos os membros dos nossos Círculos se mantenham no respeito da Lei, venerável e antiga.

CXX - E que nenhum dos nossos aceite, NUNCA, algum pagamento por serviços da Arte, pois o dinheiro é como mancha que marca aquele que o recebe. Na verdade é coisa muito sabida que somente os MALÉFICOS

- que praticam a Arte Negra, e conjuram os mortos - e os sacerdotes da igreja aceitem dinheiro pelo que fazem; e nada fazem sem que lhes haja bom pagamento. E vendem, ainda mesmo, o perdão das almas, para que os maus se furtem à punição dos pecados.

CXXI - Que nossos irmãos não sejam destes ou como eles. Se um dos adeptos aceitar dinheiro, ficará exposto às conseqüências por usar a Arte para a causa do mal. Mas se não o fizer, assim não será, certamente.

CXXII - Todos contudo podem utilizar a Arte em seu proveito e bem próprio, ou para a glória e bem da Arte, desde que haja certeza de que  NÃO CAUSAR MAL A NINGUÉM.

CXXIII - Que todas estas coisas antes, entretanto, sejam conselho entre os adeptos, em seu próprio Círculo. E as resoluções serão prudentes e

meditadas. Somente se usará a força da Arte havendo o acordo mútuo de opiniões de que ninguém sofrerá, ou de que não sobrevirá o mal.

CXXIV - Mas quando não houver maneira possível de se conseguir o pretendido segundo se determinou, será talvez possível que os mesmos fins sejam alcançados de outros modos, sem que haja dano, nem aos nossos, nem aos profanos. E que a maldição da Deusa Suprema seja sobre a cabeça de todo aquele que infringir esta nossa Lei. Este é o mandamento.

CXXV - E entre nos se considera justo e legal que, caso um dos adeptos possa estar precisando de casa ou moradia, ou terras, e ninguém queira vender-lhe, podem os adeptos usar a Arte para inclinar os corações e disposição de quem as possua, desde que não haja prejuízo sob qualquer forma, pagando-se sem maiores discussões o preço justo que for exigido.

CXXVI - Que nenhum dos nossos menospreze os valores que pretenda adquirir, nem venha a discutir, se comprando algo por persuasão da Arte. Este é o mandamento.

CXXVII - É velha lei, e a mais importante das nossas, que ninguém dentre os adeptos da Wicca venha a fazer coisa alguma a qual possa implicar PERIGO a seus irmãos na Arte; ou outro ato que os coloque ao alcance da lei comum da terra, ou à mercê de quaisquer perseguidores, civis ou eclesiásticos.

CXXVIII - E passada a rivalidade, o que é lamentável, entre os irmãos, nenhum deles pode invocar alguma lei senão aquelas da Arte.

CXXIX - Ou nenhuma jurisdição ou tribunal, salvo o da Sacerdotisa ou do Sacerdote, de seu Círculo, e também dos mais antigos entre os adeptos.

CXXX - E não se proíbe aos adeptos dizerem, como o fazem os da igreja:

“Há feitiços nesta terra”, visto que os nossos opressores de longe e há muito tempo, nos vêem como heréticos, por mostrar-nos descrentes às suas doutrinas.

CXXXI - Mas seja o vosso falar: “Ignoro que haja aqui algum bruxo; mas é fato que talvez isto seja verdade em lugares mais distantes; mas onde, não sei”.

CXXXII - Mas se deve falar deles, os bruxos e feiticeiras, como sendo uns velhos rabugentos, que têm pactos com os demônios dos cristãos, e se movem pelo ar em vassouras.

CXXXIII - E que se acrescente em todas essas ocasiões: “Entretanto, como lhes será possível moverem-se pelo ar, quando não se dão conta da leveza das penugens das plantas?”.

CXXXIV - Mas que a maldição da Suprema Deusa caia sobre todo o que lançar suspeitas sobre qualquer um de nossos irmãos.

CXXXV - E que assim seja, igualmente, com os que se referirem a um dos locais do encontro, e seja isto verdadeiro; ou onde morem os adeptos, e seja isto verdadeiro.

CXXXVI - E devem os Círculos da Arte manter livros com registro das plantas benéficas e todos os meios de cura, de forma que os adeptos possam aprendê-los.

CXXXVII - E que haja outro livro, para informações, inclusive dos auges astrais; e que somente os mais antigos e outras pessoas dignas de muita fé tenham conhecimento destas informações. Este é o mandamento.

CXXXVIII - E que as bênçãos dos Deuses e Deusas se cumulem sobre todos quantos guardarem ditas leis; e que a maldição dos Deuses e Deusas seja sobre a cabeça dos que porventura as venham a infringir.

CXXXIX - E seja lembrado ser a Arte sigilo dos Deuses e Deusas; sendo pois, usada em ocasiões graves; nunca por mera mostra de poder e de forma imprudente.

CXL - Os adeptos da magia negra e os que seguem os dizeres da igreja poderão importunar-vos, dizendo “Eis que não tens poder nenhum; mostra-nos se és capaz de algo. Faça uma magia diante de nós, que acreditaremos.”; mas, porém, pretendem que um dos nossos venha a trair a Arte perante seus olhos.

CXLI - Não daremos ouvidos a estes, pois a arte é sagrada, e aplica-se somente quando necessário. Sobre os infratores desta Lei, recairão as maldições da Suprema Deusa.

CXLII - Sempre foi de costume dos homens assim com das mulheres que buscassem novos amores; e isto não é causa de que sejam reprovados, assim como não é de louvação.

CXLIII - Mas esta prática pode constituir prejuízo à Arte.

CXLIV - E assim, pode ser que a Suma Sacerdotisa ou o Sumo

Sacerdote, por motivo de amor, siga os passos de quem lhe interessar.

Com isto ele ou ela deixará o Círculo que é de sua responsabilidade.

CXLV - E se alguma das Sumas Sacerdotisas desejar seu posto e estado por este amor, que o faça anunciando-o perante o Conselho.

CXLVI - Com tal renúncia, sua desistência tem valor entre todos os adeptos.

CXLVII - E se alguém de posição sacerdotal parte sem dizer de suas intenções, e sem renunciar, como se saberá passado algum tempo se retornará ao Círculo?

CXLVIII - Por estas causas se estabeleceu Lei, pela qual, se a Suma Sacerdotisa deixa o círculo de seus adeptos, sem renúncia, lhe é opcional o retorno, e tudo estará como era antes.

CXLIX - E enquanto estiver ausente, se há alguém que lhe preencha as funções, esta outra assim procederá, até que a Sacerdotisa regresse, ou enquanto esteja ausente.

CL - Mas se ela não voltar no tempo de um ano e mais um dia, ilegítimo ao Círculo dos adeptos, compactuados entre si, escolher por eleição uma nova Sacerdotisa.

CLI - Isto não se passa quando há justo e bom motivo para tanto.

CLII - Aquela que lhe fez o oficio colherá benefícios e será recompensada pelo seu trabalho, como assistente e substituta da Suma Sacerdotisa.

CLIII - Tem sido verificado que a prática da Arte estabelece vínculos de afeto entre os aspirantes e mestres; e quanto maior o afeto, tanto melhor será.

CLIV - Se entretanto por alguma causa isto for inconveniente, ou indesejável, isto se evitará facilmente, decidindo quem aprende e quem

ensina, desde o princípio, mantendo-se nas relações que vinculam irmãos e irmãs, ou pais e filhos, sem qualquer relação carnal.

CLV - O aspirante a adepto do Círculo da arte só pode ser instruído por mulher; e a postulante somente por homem; e eis que duas mulheres, ou mais, não devem praticar entre si, visto que a força vem de um sexo para outro; e igualmente dois homens ou mais não devem praticar a arte entre si - o que se opõe à Lei - e nisto vai abominação; e já dissemos a causa.

CLVI- É necessário que haja ordem e que a disciplina seja constante.

CLVII - À Suma Sacerdotisa ou ao Sumo Sacerdote é que cabe dar castigo aos que caem em falta e isto é seu direito.

CLVIII - Portanto, todos os do Círculo dos adeptos devem receber de boa-fé o castigo que mereçam; quando o mereçam.

CLIX - E assim, tomadas todas as providências cabíveis, deve o culpado postar-se de joelhos confessando falta para ouvir a sentença.

CLX - Mas ao amargo deve suceder o doce; e ao desagradável o ameno; após o castigo convém que haja alegria.

CLXI - O réu confesso reconhecerá que se fez justiça, como convinha, aceitando o castigo, e beijará a mão da Suma Sacerdotisa ao passar-lhe a sentença condenatória. E, além de tanto, agradecerá ainda que tenha sido castigado, pois isto sucede por seu bem e edificação. Esta é a Lei e seu mandamento.

CLXII - Por nossa prescrição final: que todos os adeptos guardem a Lei, segundo aqui foi escrita, e os mandamentos e ordenações da Arte essencial, venerável e antiga. Em suas mentes e corações guardem a Lei. Mas, em risco de morte, seu livro deve ser destruído, para que nada se prove, e nem haja risco maior a seus irmãos; nem venha ninguém a condenar-se por seu compromisso. Com isto se preservará em todas as condições e sob quaisquer circunstâncias, a tradição e o ensinamento da Deusa Suprema, conforme o Legado Antigo.

O que é a Roda do Ano? os Sabbats?

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  A Roda do Ano - Representada pelos oito Sabbats, tem por objectivo sincronizar a nossa energia com as Estações do Ano, ou seja, com os ciclos do Planeta terra e do Universo. Ela descreve o caminho do Sol durante o ano, representando as várias fases do Deus Cornífero: seu nascimento, crescimento, união com a Deusa,o seu declínio e morte.

  Para algumas tradições da Wicca, o ano se inicia no Solstício de Inverno. Outras consideram a noite do dia 31 de Outubro como início do ano. Essa data é conhecida como Halloween ou Dia das Bruxas, mas seu nome tradicional é Samhain, que significa "Sem Sol", referindo-se ao tempo de Inverno. Essa época também é correspondente ao Ano Novo Judaico.
 Uma vez por mês, durante a Lua Cheia, nós também nos reunimos nos chamados Esbbats. Esses encontros são usados para se discutir assuntos referentes ao grupo, para a realização de feitiços e rituais, bem como também para estudos e realização de exercícios de relaxamento, visualização, entre outros. Um Coven deve ser como uma grande família, portanto, ele também pode se reunir para passear, ir ao cinema, enfim.. ter seus momentos de lazer e diversão.

Yule - Solstício de Inverno (20 de Dezembro)  [20 de junho]

Candlemmas ou Imbolc- Festa do Fogo ou Noite de Brigit (02 de fevereiro)  [01 de agosto]

Equinócio de Primavera - Ostara (20 de Março)  [20 de setembro]

Beltane - A Fogueira de Belenos, Festa da Primavera (01 de Maio)  [31 de outubro]

Litha - Solstício de Verão (21 de Junho)  [21 de dezembro]

Lammas - Lughnnasad ou Festa da Colheita (01 de agosto)  [02 de fevereiro]

Mabon - Equinócio de Outono (20 de Setembro)  [20 de março]

Samhain - Halloween ou Dia das Bruxas (31 de Outubro) [01 de maio]

Obs.: *Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain são Grandes Sabbats, enquanto os Solstícios e Equinócios são os Pequenos Sabbats.

* As datas entre parênteses correspondem ao calendário do hemisfério norte e as entre colchetes ao hemisfério sul.


Os 4 deveres de uma bruxa(o) em meio aos seus Trabalhos mágicos

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O Trabalho mágico de uma Bruxa(o), exige seriedade e quatro características básicas e são elas o :

SABER

01) Conhecer a si mesmo.
02) Conhecer sua arte.
       • Saber o que fazer, como fazer, quando fazer, e quando não fazer.
03) Saber o que você quer realizar.
       • Especificar bem o que você vai fazer.
       • Criar um sigilo com as palavras.
04) Saber trabalhar com moderação.
QUERER

01) Acreditar em você mesma(o).
02) Acreditar na divindade.
03) Acreditar em suas habilidades.
04) Acreditar na abundância do Universo.
05) Ter a vontade de praticar de novo e de novo.
06) Habilidades de meditação
      • Praticar visualização.
      • Praticar relaxamento.
      • Praticar um estado alterado de consciência.
      • Praticar para ser capaz de fazer rápido e certo.
07) Ter em mente com muita clareza o porque você quer realizar essa operação mágica.
08) Observar se sua vontade está corretamente direcionada.
      • Observar se não vai influenciar negativamente outra pessoa.
      • Observar os aspectos de não prejudicar ninguém.
      • Usar uma ferramenta adivinhatória para checar se seus planos são válidos, se está numa boa hora de pô-los em prática.
OUSAR

01) Ter a coragem de mudar as circunstâncias.
02) Ter a coragem de controlar seu ambiente.
03) Ser responsável por suas ações.
04) Escolher o melhor curso de ação para o trabalho a ser feito.



CALAR

01) Aprender a manter a boca fechada antes do trabalho.
02) Aprender a manter a boca fechada enquanto espera pelos resultados.
03) Aprender a manter a boca fechada depois do trabalho.
      • Proteger sua confiança, sua reputação e sua energia.

A carga da Deusa e do Deus*

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*Texto muito importante da Religião.
Da Deusa

Ouçam as palavras da Grande Mãe, que, em tempos idos, era chamada de Ártemis, Astartéia, Dione, Melusiana, Afrodite, Ceridwen, Diana, Arionrhod, Brígida e por muitos outros nomes:

Quando necessitar de alguma coisa, uma vez no mês, e é melhor que seja quando a lua estiver cheia, deverá reunir-se em algum local secreto e adorar o meu espírito que é a rainha de todos os sábios. Você estará livre da escravidão e, como um sinal de sua liberdade, apresentar-se-á nu em seus ritos. Cante, festeje, dance, faça música e amor, todos em minha presença, pois meu é o êxtase do espírito e minha também é a alegria sobre a terra. Pois minha lei é a do amor para todos os seres. Meu é o segredo que abre a porta da juventude e minha é a taça do vinho da vida, que é o caldeirão de Ceridwen. que é o gral sagrado da imortalidade. Eu concedo a sabedoria do espírito eterno e, além da morte, dou a paz e a liberdade e o reencontro com aqueles que se foram antes. Nem tampouco exijo algum tipo de sacrifício, pois saiba, eu sou a mãe de todas as coisa e meu amor é derramado sobre a terra.

Atente para as palavras da Deusa estelar, o pó de cujos pés abrigam-se o sol, a lua, as estrelas, os anjos, e cujo corpo envolve o universo:

Eu que sou a beleza da terra verde e da lua branca entre as estrela e os mistérios da água, invoco seu espírito para que desperte e venha até a mim. Pois eu sou o espírito da natureza que dá vida ao universo. De mim todas as coisa vêm e pra mim todas devem retornar. Que a adoração a mim esteja no coração que rejubila, pois, saiba, todos os atos de amor e prazer são meus rituais. Que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, júbilo e reverência, dentro de você. E você que busca conhecer-me, saiba que sua procura e ânsia serão em vão, a menos que você conheça os mistérios: pois se aquilo que busca não se encontrar dentro de você, nunca o achará fora de si. Saiba, pois, eu estou com você desde o início dos tempos, e eu sou aquela que é alcançada ao fim do desejo.





Do Deus

Ouça as palavras do Velho Cornífero que é sempre jovem…
Eu sou aquele que abre as portas da vida e da morte, os portais da aurora e os portais da noite.
Eu sou Kernunnos e Silvanus e Pan e a música da minha flauta está no ar, nas verdes florestas e nas colinas de verão.
Minha voz está no vento da meia-noite e embaixo das estrelas ela pronuncia as palavras de magia em línguas ancestrais, esquecidas ou desconhecidas.
Eu inspiro o pânico, o medo e o desejo passional. E apesar de eu mostrar a face de um crânio, não haveria a manifestação da vida sem mim, pois sem morte não pode haver renascimento.
A vida deve sempre subir em espirais, não pode parar. Nós não podemos conhecer a luz sem as sombras, nem as sombras sem a vida.
Portanto, não me tema, sob nenhum aspecto que você me veja: a força e poder da masculinidade ou aquele que traz paz na morte.
Eu sou Lúcifer, o que traz a luz, e Amoun, o Escondido, que usava os chifres espirais do carneiro na antiga Khem. Eu sou o Deus de pés de bode dos bosques iluminados pelo som da Tessália, a presença que era sentida na escuridão das cavernas sagradas e na pedra fixa sobre a urze.
Eu sou o poder arrebatador da Vida e aquele que traz a luz: mas sem Amor eu não posso criar nada que perdure. Então eu preciso da Deusa, assim como ela precisa de mim, e no Grande Casamento Sagrado, o Êxtase Cósmico, nós somos um.
Então, cultue a minha selvageria, conheça-me e regozije-se comigo, irmãos e irmãs da Arte Mágica, bruxas e bruxos, pagãos e bárbaros. Pois eu trago o poder e a liberação, liberdade de espírito que é verdadeira e eterna, que ninguém pode negar a você eternamente.

O Credo das Bruxas

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Ouça agora a palavra das Bruxas,
os segredos que na noite escondemos,
Quando a obscuridade era caminho e destino,
e que agora à luz nós trazemos.

Conhecendo a essência profunda,
dos mistérios da Água e do FOGO ,
E da TERRA e do AR que circunda,
manteve silêncio o nosso povo.

No eterno renascimento da Natureza,
à passagem do Inverno e da Primavera,
Compartilhamos com o Universo da vida,
que num Círculo Mágico se alegra.

Quatro vezes por ano somos vistas,
no retorno dos grandes Sabás,
No antigo Halloween e em Beltane,
ou dançando em Imbolc e Lammas.

Dia e noite em tempo iguais vão estar,
ou o Sol bem mais perto ou longe de nós,
Quando, mais uma vez, BRUXAS a festejar,
Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar.

Treze Luas de prata cada ano tem,
e treze são os COVENS também,
Treze vezes dançar nos Esbás com alegria,
para saudar a cada precioso ano e dia.

De um século a outro persiste o poder,
Que através das eras tem sido levado,
Transmitido sempre entre homem e mulher,
desde o princípio de todo o passado.

Quando o círculo mágico for desenhado,
do poder conferido a algum instrumento,
Seu compasso será a união entre os mundos,
na TERRA das sombras daquele momento.

O mundo comum não deve saber,
e o mundo do além também não dirá,
Que o maior dos DEUSES se faz conhecer,
e a grande Magia ali se realizará.

Na Natureza, são dois os poderes,
com formas e forças sagradas,
Nesse templo, são dos os pilares,
que protegem e guardam a entrada.

E fazer o que queres, será o desafio,
como amar a um AMOR que a ninguém vá magoar.
Essa única regra seguimos a fio,
para a Magia dos antigos se manifestar.

Oito palavras o credo das BRUXAS enseja:
sem prejudicar a ninguém, faça o que você deseja!

Conheça os Deuses Celtas

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Angus Mac Og (Irlanda) - Deus: da juventude, amor e da beleza.
Anu (Irlanda) -Mãe Terra, Deusa de fertilidade, prosperidade e do conforto.
Arawn / (País de Gales) - Deus do reino do subterrâneo, do terror e da guerra.
Arianrhod ( País de Gales) - Deusa, aspecto da Mãe, da Deusa Tripla na Irlanda. Honrada na Lua cheia, Deusa da beleza, fertilidade, reencarnação.
Badb (Irlanda) - Deusa, aspecto da Mãe da Deusa Tripla na Irlanda. Associado com o caldeirão, e corvos. Representa a vida, sabedoria, inspiração.
Bel / Belenus (Irlanda) - Deus, estreitamente ligado aos Druídas. Deus da ciência, restabelecimento, primaveras quentes, fogo, sucesso, prosperidade, purificação, colheitas, vegetação, fertilidade.
Blodeuwedd / Blod-oo-eeth// Blancheflor ( País de Gales) - Deusa da terra em florescimento, flores, sabedoria, mistérios lunares, iniciações, Deusa jovem.
Boann (Irlanda) - Deusa Mãe de Angus Mac Og.
Bran o Abençoado (País de Gales) - Deus da profecia, das artes, dos líderes, da guerra, do sol, e da música.
Branwen / Bran -oo-en (País de Gales) - Deusa do amor e beleza.
Brigit / Breed / Brida (Irlanda e País de Gales, Espanha, França) - Deusa associada ao Imbolc, Deusa de fogo, fertilidade, todas as artes femininas. Esta relacionado à agricultura, à inspiração, ao aprendizagem. à poesia, à adivinhação, profecia, amor, bruxaria, ao conhecimento oculto.
Cernunnos (Ker-noo-nos) - Conhecido emtodas as regiões Celtas, Deus da Natureza e todas coisas selvagens. Deus da virilidade, fertilidade, animais, amor físico, natureza, reencarnação, encruzilhadas, riqueza, comércio, guerreiros.
Cerridwen (País de Gales) - Deusa da Natureza, da morte, fertilidade, inspiração, magia, astrologia, ervas, ciência, poesia, feitiços e conhecimento, sua imagem está relacionado ao caldeirão.
Creiddylad / Cordellia (País de Gales) - Deusa ligada à Beltane, frequentemente chamada de Rainha, Deusa de Flores de Verão, amor.
Crone conhecido em todas as regiões célticas - Deusa, aspecto da Deusa Tripla. Ela representa velhice ou morte, inverno, o fim de todas coisas, o sangue menstrual, fases de vidas das mulheres. Toda destruição que precede regeneração através de ela, o caldeirão do renascimento.
Dagda (Irlanda) - Deus da proteção, guerreiros, conhecimentos, magia, fogo, profecia, tempo, reencarnação, as artes, iniciações, o sol, restabelecimento, prosperidade e abundancia, música e harpa.
Danu / Danna (Irlanda) - Deusa provavelmente o mesmo como Anu, Mãe dos Deuses, Grande Mãe, Deusa Lua, Patrona dos Magos, rios, água, prosperidade e abundância.
Diancecht / Dian-ket (Irlanda) - Deus médico-mágico do Thuata da Danann. Deus de magia curativa, medicina.
Don / Dom-noo (Irlanda e País de Gales) - Deus governante da terra, da morte eentradas para os outros mundos. Controle dos elementos, eloquência.
Druantia (Todas as regiões célticas) - Deusa da fertilidade, paixão, atividades sexuais, árvores, proteção, conhecimento, criatividade.
Dylan (País de Gales) - Deus do Oceano.
Elaine (País de Gales) - Deusa, aspecto intacto da Deusa.
Epona (Grã-Bretanha, Gaul) - Deusa da fertilidade, maternidade, protetora dos cavalos, prosperidade, cães, primaveras, colheitas.
Eriu / Errado-eu-oo (Irlanda) - Deusa, uma das rainhas do Tutha da Danann.
Flidais (Irlanda) - Deusa das Florestas e coisas selvagens.
Goibniu / Gofannon / Gov-ann-em (Irlanda e País de Gales) - Deus dos ferreiros, fabricante de arma, fabricação de jóias.
Great Father (Todas as regiòes Célticas) - O Senhor (não o diabo), Senhor de inverno, colheita, animais, montanhas, regeneração. O aspecto masculino de criação.
Great Mother (Todas regiões Celtas) - Deusa, a Dama, o aspecto feminino de criação, Deusa de fertilidade, a Lua, verão, flores, amor, restabelecimento.
Green Man (Todas as regiões Celtas) - Veja Cernunnos.
Gwydion / Gwin-dee-em (País de Gales) - Deus, o maior, guerreiro-mágico, mudanças, magia, o céu.
Gwynn Ap Nudd / Gwin-ap-Neethe (País de Gales) - Rei das Fadas.
Gwythyr / Gwe-theer (País de Gales) - Deus, contrário de Gwynn ap Nudd. Rei do mundo superior.
Herne, o Caçador (Todas as regiões celtas) - Igual à Cernunnos, Homem Verde, Senhor da Caça selvagem. O lado ativo, masculino de natureza. Pai da Terra, dos animais selvagens, fertlidade, desejo, amor físico, agricultura, bandos. Deus Cornífero, o Deus amante da Deusa Mãe.
Llyr / Thleer / Lir (Irlanda e País de Gales) - Deus do oceano e água.
Lugh / Loog (Irlanda) - Deus das habilidades. Druída médico, magia, reencarnação, relâmpago, água, artes manuais, poetas, músicos, historiadores, iniciações, profecia. Conhecido como o Deus Sol Celta.
Macha / Maax-ah (Irlanda) - Deusa protetora nos estados de guerra, deusa da força física pura, sexualidade, fertilidade, domínio acima dos homens.
Manannan Mac Lir / Mannan-awn maliklir ( Irlanda e País de Gales) - Deusa do oceano, navegantes, das tempestades, fertilidade, artes, renascimento.
Margawse (País de Gales) - Aspecto da Deusa Mãe.
Merlin (País de Gales e Grã-Bretanha) - Deus, Druída, mágicko das ervas, da natureza, proteção, profecia, dons psíquicos rituais encantamentos.
Morrigan / Morgana/ Moor-rig-oo (País de Gales, Irlanda, Grã-Bretanha) - Deusa suprema, patrona das sacerdotizas, sacerdotes e bruxas.
Nuada / Nudd (País de Gales e Irlanda) - Deus parecido com Netuno, Deus das águas, oceanos, pesca e sol.
Ogma / Ogmios (Irlanda) - Deus parecido com Netuno.
Rhiannon / Hri-um-não (País de Gales) - A Grande Rainha, Deusa dos pássaros e cavalos, dos encantos eda fertilidade.
Scathach / Scatha (Irlanda) - Patrona da destuição dos ferreiros, magia, profecia.
Taliesin / Tal-eu-ess-em (País de Gales) - Deus poeta, da sabedoria, mago, música, conhecimento.

A Rede Wiccana

05/10/2010

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A Lei Wiccana respeita,
Perfeito amor, confiança perfeita.
Viva e deixa viver,
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta.
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
E a Runa da Bruxa canta.
Pelo anti-horário a minguante vigia
E entoa a Runa Sombria.
Quando está nova a lua da Mãe,
Beija duas vezes Suas mãos.
Quando a lua ao topo chegar,
Teu coração se deixará levar.
Para o poderoso vento norte,
Tranca as portas e boa sorte.
Do sul o vento benfazejo,
Do amor te traz um beijo.
Quando vem do oeste o vento,
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lentidão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver.
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres,
Sem nenhum mal causar.




Obs.: Texto de grande importância na religião.

Adolescência, Wicca e pais não pagãos

04/10/2010

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Há vários adolescentes atraídos pela wicca simplesmente por ser uma religião de aparente liberdade, de busca pelo auto-conhecimento e onde a Natureza é celebrada e respeitada. Eles abandonam a religião praticada por seus pais e partem para uma busca espiritual mais pessoal, mais condizente com o que querem para si. isso aconteçe e não é só na wicca veremos então alguns fatores que contribuem para esse acontecimento:
1º Fator é: O Respeito e igualdade. Uma das crenças da Wicca é que homens e mulheres têm a mesma importância e um não existe sem o outro. Assim, não há nenhum tipo de preconceito ou discriminação. E isso vale tanto para os seres humanos quanto para qualquer outro ser vivo.
2º Fator é: A Honra à Natureza. O Paganismo é um conjunto de crenças de pessoas que têm estreita ligação com a terra onde vivem. Como a consciência ecológica cresce cada vez mais no mundo, é natural que as pessoas se identifiquem com religiões que têm entre suas principais crenças esse aspecto natural.
3º Factor é:  O interesse pelo oculto. A humanidade  desde sempre mostrou profundo interesse pelo desconhecido e buscou respostas para as mais diversas dúvidas a respeito da vida, da morte enfim..
4º Factor é:  O Conceito de  não haver nenhum mal. O dogma principal e mais respeitado da Wicca é: “Se a ninguém prejudicar, faça o que quiser”, e muitos se identificam com isso.
5º Fator é: Que a bruxaria pode ser praticada por você sozinho, sem ter que ir a templos(igrejas) regularmente ou todos os dias. você tem total liberdade para celebrar e cultuar aos Deuses sozinho, no seu quarto ou na sua sala, ou mesmo em meio a natureza.
 Existem milhares de fatores que contribuem para isso, mas resumindo tudo, tudo isso trata-se de uma escolha absolutamente pessoal e cada um tem os seus motivos e/ou suas razões.

Quais os problemas enfrentados pelos adolescentes em meio à família?

 Todo menor de 18 anos é dependente de todas as formas de seus responsáveis, Daí estes terem direitos sobre seus filhos por causa disso.
Isso significa que, apesar de a criança ou o adolescente ser livre para escolher a sua religião, ele deve obter a permissão de seus pais para participar de cultos ou reuniões religiosas. E está claro que isso limita uma série de atitudes que poderiam ser tomadas pelos jovens pagãos, tais como:
  •  Querer montar seu próprio grupo de estudos wiccanos, onde podem não ter permissão dos pais para sair de casa no dia.
  •  Pais não permitirem que seus filhos leiam determinados tipos de livros, o que é normal nestes casos e dependendo até chegam a jogar os livros fora, ou até a queimá-los o que indicam estarem a querer mostrar que eles mandam em você;
  • Os pais, serem Cristãos, daí não o aceitar como um pagão;
  • Te mandar para a instituição religiosa deles visando uma "libertação";
  • Seus pais estarem a vasculhar a sua vida na internet, olhando seus grupos On-line, checando seus E-mail's, e redes sociais vendo seus amigos e isso, olhando o histórico do seu pc pra ver que e qual site você visita regularmente e ou frequentemente.
  • Entre outros..
A Solução pra você adolescente que enfrenta esse problema é sem dúvida nenhuma sujeitar-se aos seus pais, porque na realidade você depende deles SIM! se caso podes cuidar de ti próprio, tens livre acesso para fazeres o que quiseres! mas mesmo assim "quem procura acha", "quem quer faz!" leia seus livros e esconda-os guarde-os seguramente de forma a eles não poderem achar, procure fazer tudo o que eles mandam, tenha paciência e calma, aguarde seus 18 anos, assim como eu tive que aguardar o meu e pronto.. mas como já disse tenha paciência..


 

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