O Tarô

15/08/2010

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O Tarô é um baralho com 78 cartas, chamadas Arcanos , que se subdividem em 2 grupos : Arcanos Maiores e Arcanos Menores. 
Nos Arcanos Maiores temos 22 cartas sendo estas:


    1.                  O Mago
    2.                  A Sacerdotisa
    3.                  A Imperatriz
    4.                  O Imperador
    5.                  O Hierofante
    6.                  Os Enamorados
    7.                  O Carro
    8.                  A Justiça
    9.                  O Eremita
    10.              A Roda da Fortuna
    11.              A Força
    12.              O Pendurado
    13.              A Morte
    14.              A Temperança
    15.              O Diabo
    16.              A Torre
17.              A Estrela
    18.              A Lua
    19.              O Sol
    20.              O Julgamento
     1.                O Mundo
    Arcano 0 - O louco



e nos Arcanos Menoresnaturalmente , 56 cartas separadas em 4 naipes, sendo estas: ouros, espadas, copas e paus.  . 
  Existem hoje uma infinidade de Tarôs, o que significa que muitos estudiosos, magistas e desenhistas criaram variedades de figuras, cores e formas baseadas em um único tipo de Tarô (O Tarô Clássico) fato esse que nos possibilita uma opção maior na hora de escolher o Tarô que queremos jogar. Vale lembrar que dentro dessas novas opções existem baralhos com alteração no número de cartas, não sendo portanto o Tarô tradicional que advém do original mas sim cartas com um sistema próprio, pois aquele a que chamamos Tarô necessariamente deve ter 78 cartas- nem uma a mais nem menos. fora isso, a diversidade de nomes e ilustrações fica por conta da preferência do tarólogo. Por isso, para quem se interessar aprender vale dizer que quando aprendemos a jogar um Tarô podemos utilizar qualquer outro.
Sua origem, quem o criou e de que forma o fez é ainda hoje um mistério a  muitos pesquisadores que buscaram a exatidão desses dados mas sem muito sucesso, pois tudo o que temos são datas aproximadas.O primeiro registro data do século XIII .Temos a Europa como o lugar mais provável de ter sido visto pela primeira vez. A partir dessa época, foi disseminado como jogo e ensinamento pelo mundo todo, sendo reconhecido por estudiosos como um Livro Sagrado, cujas páginas vêm soltas, para busca de aprofundamento e conhecimento.
Apesar de ser chamado de Oráculo, o Tarô é um jogo. Não se trata de uma conexão direta com Deus ou um instrumento dos Deuses manipulado por seres humanos , e sim de um baralho que possui os quatro naipes (ouros, copas, espadas e paus) e mais 22 lâminas, citadas anteriormente. Foi criado pelo homem ( e para o homem). Sua função é , entre tantas coisas, transmitir informações e conhecimentos através de suas imagens. Qual a diferença entre um baralho comum e o Tarô? A princípio podemos dizer que o baralho comum possui todos os naipes e a corte ( rei, rainha e valete); o Tarô possui os naipes, a corte- com acréscimo de mais uma carta, a princesa ou pagem- acrescentadas aos Arcanos Maiores. Ou seja, temos 26 cartas a mais nos Arcanos Menores, contando-se que temos nelas desenhos, imagens, figuras e formas variadas( na maioria dos Tarôs), com diversas cores e informações para auxiliar a interpretação dos símbolos, a intuição e a imaginação criativa. É uma verdadeira chave para a visualização. Cada carta tem uma filosofia, uma mensagem e a combinação delas a cada jogo é rica e diferente.



Para você que está começando a estudar o tarô  agora. Faça Aqui! o Download do livro Tarô dicionário e compêndio.

O Cìrculo Pagão

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Círculo Pagão (Chat)
O Círculo Pagão é um grupo do MSN (chat) que serve de ponto de encontro a pagãos de todo o mundo e todas as vertentes, cuja língua seja o Português.
O CP é um óptimo local para fazer amizades e trocas de conhecimentos, sobre os mais diversos assuntos dentro do Paganismo e, inclusive, Magia e Ocultismo. Nos membros conta com a presença de praticantes de vários ramos do Paganismo, incluindo mas não só, Wiccanos, Reconstrucionistas Helénicos, Reconstrucionistas Romanos, Reconstrucionistas Nórdicos, Estudantes de Druidismo, Pagãos Ecléticos e ainda temos Ocultistas e Magos. É, portanto, possível de observar uma grande diversidade nos membros o que contribui para uma boa troca de conhecimentos e opiniões.
O Objectivo do CP é reunir adeptos e simpatizantes do Paganismo e das suas vertentes, para o debate de temas e, até, o surgimento e crescimento de novas amizades e relacionamentos.

Blog do Chat: Círculo Pagão

E-mail do Grupo: group14522@groupsim.com

Regras do Grupo NECESSÁRIO ler as Regras e sabê-las antes de se juntar)
Bençãos da Deusa,

MissElphie

Recomendações Literárias (by MissElphie)

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Recomendações Literárias

Deixo aqui algumas recomendações de livros que acho bons para que está no começo do estudo da Wicca.

Ao clicar sobre o nome do livro será levado à pagina na WOOK, caso queira comprar.
Os títulos em inglês significa que o livro não está disponível, na Wook, em Português e só em Inglês.
Já quando o título está em Português, é porque este está disponível.

Bênçãos da Deusa,

MissElphie


A Wicca

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A Wicca

Antes demais, gostava de deixar claro que este artigo NÃO deve ser levado como único documento para saber o que é a Wicca. A explicação aqui dada é resumida e não está completa. Num outro post (que podem encontrar aqui) eu dou diversas recomendações literárias que podem servir de ajuda para quem está no começo deste estudo.

Explicar o que é a Wicca não é tarefa fácil, muito pelo contrário. Mas, comecemos pelo inicio…

A Wicca surgiu como religião na década de 1950, após a última lei que proibia e castigava a prática de Bruxaria ser abolida, graças a Gerald Gardner.

A Wicca, ao contrário da ideia popular, não é a reconstrução de uma Antiga Religião Pagã. Ela foi criada por Gerald Gardner, com base nos seus estudos e em diversas outras coisas (como em materiais de Aleister Crowley).

Este facto não é motivo para considerar a Wicca menos religião do que outro caminho. Não são as origens de um caminho que o fazem mau ou bom. Cada um deve ser o que é correcto para si, não se deixe influenciar pela História.

A Wicca é uma religião bastante recente na sua organização e não é uma imitação ou reconstrução dos caminhos celtas ou pagãos de antigamente.

A Wicca começou com apenas uma tradição, a Gardneriana. Esta seguia os ensinamentos de Gardner. Com o passar do tempo novas tradições foram surgindo, dando mais diversidade à Wicca.

Várias tradições surgiram até aos dias de hoje. Actualmente a Wicca divide-se em “Wicca Tradicional” (constituída, principalmente - mas não só - pelas tradições Gardneriana e Alexandrina) e a “Wicca Moderna” (constituída pelas tradições mais recentes e pelo conjunto de praticantes solitários/ecléticos) Como tal, devido à multiplicidade de tradições, torna-se complicado dar uma definição de Wicca que seja 100% correcta, portanto irei esforçar-me para dar apenas as bases da Wicca que são, normalmente, base de todas as tradições.

A Wicca é uma religião neo-pagã e, para além de religião, é uma filosofia positiva de vida, que baseia-se no respeito da Natureza e a reverência pelas suas diversas formas.

A Wicca é também uma religião iniciática e sacerdotal, ou seja é uma religião que necessita iniciação e todo o iniciado é Sacerdote ou Sacerdotisa. Neste aspecto da Wicca existem diversos debates. Gardnerianos defendem que apenas aquele que éiniciado num coven de linhagem é realmente Wiccano. Mas com o surgimento de novas tradições, várias pessoas (Raymond Buckland, por exemplo) vieram mudar a opinião do Mundo quanto a este aspecto.

Como é possível reparar, ao ler este parágrafo, qualquer praticante solitário pensa “Então eu, que não tenho qualquer acesso a um coven, não posso ser Wiccano?”.
Os Tradicionalistas dirão “Sim, não podes ser Wiccano” mas muitos Modernos irão dizer “Não, podes sempre dedicar-te aos Deuses.”. Qual das respostas é a correcta? É algo que não se sabe. Como Mary Rands disse na conferência "A Day for Doreen Valiente" organizada pelo Centre for Pagan Studies "Opiniões são como rabos, toda a gente tem direito a um".

Os Wiccanos pretendem viver em harmonia com a Natureza e o seu redor e mesmo os seus rituais procuram precisamente, sintonizar o indivíduo com o Universo e com os ciclos da Natureza. A Wicca não reconhece nenhuma autoridade exterior, um deus ou deusa que trate as pessoas como crianças mal-educadas castigando-as quando estas se portam mal. Na Wicca não há Pecado, Céu ou Inferno. Após a morte, a maioria dos Wiccanos, acredita que vai para Summerland, onde lá irá esperar até a sua próxima reencarnação.

A Wicca, ao contrário da ideia corrente, tem dogmas e princípios e leis a seguir. A ideia de que apenas existe a lei "Sem Mal a Ninguém Faz o Que Quiseres" como sendo única, é errada. Existem diversos princípios e dogmas que estabelecem a Wicca.

A Wicca não tem uma única forma de culto, embora tenha princípios idênticos, cada praticante reinventa o culto à sua maneira, tendo total autonomia sobre a sua prática. Porém, como se torna óbvio, não se pode pensar que a Wicca é uma religião que “faz o que queres dela”. Pode-se observar, entre as diversas tradições, características em comum entre elas, que faz com que estas sejam Wiccanas e são essas características que fazem com que algo entre na categoria de Wicca. Portanto, não, a Wicca não é aquilo que o praticante quer que seja, ela tem princípios e regras.

A maioria dos Wiccanos vê os Deuses como sendo energias. Uma Feminina (A Deusa) e uma Masculina (O Deus). Tanto o Deus como a Deusa possuem fases (as da Deusa expressam-se ao longo do Ciclo Lunar e as do Deus ao longo da Roda do Ano) e faces (variando estas de panteão para panteão).
Ou seja, as denominações Donzela, Mãe e Anciã são fases da Deusa, que Esta atravessa ao longo de um ciclo Lunar. Os nomes de Hécate (Panteão Grego), Ísis (Panteão Egípcio), Cerridwen (Panteão Celta) são faces da Deusa.

As faces da Deusa podem ser vistas como as faces de um Diamante. Cada uma é individual mas, todas juntas, formam uma Energia Feminina principal a qual denominamos "A Deusa".

Não existe nenhuma autoridade (ex: Igreja Católica) que controle e dite o que os Wiccanos devem ou não fazer. Não há profeta nem livro sagrado que dite as regras da religião. Há porém alguns textos que estabelecem algumas características da Wicca (“Rede Wiccana”, “Carga da Deusa”, “A Descida da Deusa ao Submundo”, “A Carga do Deus”)

A Wicca é uma religião onde não há mestres que tenham toda a verdade para guiar aprendizes, nem ninguém nasce com poderes especiais que façam da pessoa um “Wiccano hereditário” nem nada do género. Um Wiccano forma-se a si mesmo, através da sua própria consciência.

Os Wiccanos não pretendem afirmar que a sua religião é o “único caminho”, pois todas as religiões são válidas, desde que trabalhem para a evolução pessoal dos seguidores de tal religião.

O Calendário de celebrações Wiccano inclui 13 celebrações de Lua Cheia (Esbats) e 8 Sabbats (4 Maiores (Imbolc, Beltane, Lughnassad e Samhain) e 4 Menores (Solstícios e Equinócios)).

Em 1974, O Conselho dos Bruxos Americanos adoptou um grupo de Princípios da Crença Wiccana.

  • Praticamos ritos que nos sintonizam com os ritmos naturais das forças vitais sinalizados pelas fases da Lua e pelas mudanças e ápices das estações.
  • Reconhecemos que nossa inteligência nos traz uma responsabilidade única em relação a nosso ambiente. Buscamos viver em harmonia com a Natureza, em equilíbrio ecológico, oferecendo um compromisso com a vida e a consciência dentro de um conceito evolutivo.
  • Reconhecemos uma profundidade de poder muito maior do que é aparente para as pessoas comuns. Porque é bem maior que o ordinário, ela é algumas vezes chamada de “sobrenatural”, mas a vemos como parte potencial natural a todos.
  • Compreendemos que o Poder Criativo do Universo manifesta-se pela polaridade – como masculino e feminino – e que este mesmo Poder Criativo vive em todas as pessoas, e funciona mediante a interacção entre o masculino e o feminino. Não valorizamos um acima do outro, sabendo que um é o suporte do outro. Valorizamos o sexo como prazer, como um símbolo e corporificação da vida, e uma das fontes de energia usada na prática mágica e culto religioso.
  • Reconhecemos mundos exteriores e interiores, ou psicológicos, mundos algumas vezes conhecidos como o Mundo Espiritual, O Inconsciente Colectivo, Planos Interiores, etc. - e vemos na interacção dessas duas dimensões as bases para fenómenos paranormais e exercícios mágicos. Não negligenciamos nenhuma dimensão em função da outra, vendo ambas como necessárias a nossa plenitude.
  • Não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos os que ensinam, respeitamos os que partilham seu maior conhecimento e sabedoria, e reconhecemos os que corajosamente dão de si mesmos em liderança.
  • Vemos religião, magia e sabedoria de vida como unidas na forma pela qual uma pessoa vê o mundo e nele vive - uma visão do mundo e filosofia de vida que identificamos como Bruxaria - O Caminho Wiccano.
  • Chamar a si mesmo de Bruxo ou Bruxa não faz de ninguém um Bruxo ou Bruxa - nem o faz a hereditariedade pura e simples, nem o coleccionador de títulos, graus ou iniciações. Uma Bruxa busca controlar as forças dentro de si mesma que tornam a vida possível de forma que se viva sabiamente e sem prejudicar os outros e em harmonia com a Natureza.
  • Acreditamos na afirmação e plenitude da vida em uma continuação da evolução e desenvolvimento da consciência, dando significado ao Universo que conhecemos e a nosso papel dentro dele.
  • Nossa única animosidade em relação ao Cristianismo, ou em relação a qualquer outra religião ou filosofia de vida, é quando suas instituições proclamam ser “o único caminho” e buscam negar a liberdade de outros e suprimir outros caminhos de crença e prática religiosa.
  • Como Bruxos Americanos, não somos ameaçados por debates sobre a história da Arte, as origens dos vários termos, a legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições. Nos preocupamos com nosso presente e futuro.
  • Não aceitamos o conceito de mal absoluto, nem adoramos a entidade conhecida como “Satanás” ou “O Demónio”, como definido pelo Cristianismo. Não buscamos poder pelo sofrimento de outros, nem aceitamos que o benefício pessoal possa vir apenas por negá-lo a outra pessoa.
  • Acreditamos que devemos buscar dentro da Natureza o que trará contribuição a nossa saúde e bem-estar.
Bênçãos da Deusa,
MissElphie

A Deusa na Wicca

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Quem é a Deusa?


  A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo Homem  pré-histórico. inúmeras imagens encontradas em vários lugares  históricos e arqueológicos por todo o mundo mostram e confirmam a existência de culto ao divino Feminino e à Natureza. Assim a mãe terra tornou-se o primeiro contacto do homem com o divino.
  A Mãe Primordial, que teria criado tudo e todos, até seu próprio complemento masculino, está na base filosófica e fundamental de todas as Religiões mitologias Antigas.
 
Na compreensão humana primitiva a Mãe precedeu o nascimento do Pai. Percebemos isto em todos os mitos sagrados anteriores ao patriarcado e quanto mais antigos são estes mitos, mais isso se confirma.
  
O Culto à Deusa remonta a Era de Touro(4000 a.C. à 2000 a.C.), época em que o respeito ao feminino e ao culto aos mistérios da vida e procriação estavam em seu apogeu. Na Era de Touro o culto a Deusa teve seu apogeu, porém ele é muito mais antigo e suas origens são muito mais remotas, pois pesquisas realizadas recentemente por arqueólogos norte-americanos apontam que o culto matriarcal e à Deusa datam de mais ou menos 500.000 a.C.. Isto foi comprovado através de testes feitos com o carbono 14 em alguns objetos ritualísticos com desenhos de Deusas encontrados em sítios arqueológicos, que constatam suas origens no Paleolítico Inferior.
   No final da Idade de Bronze (5000 à 2000 a.C.) também encontramos muitos indícios de culto à Deusa Mãe. Descobertas feitas por toda Europa, África, Escandinávia e diversas outras localidade, comprovam isso. Inúmeras estatuetas femininas esculpidas em marfim, barro, argila e pedra representando mulheres com seios e ventres grandes (Vênus de Willendorf) foram descobertas nas proximidades de lugares sagrados e sepulturas, o que simboliza algo respeitável e religioso.
   Nas Eras que antecederam a agricultura, quando os homens viviam da caça e pesca, as mulheres eram a base do lar, das artes, arquitetura e também eram as transmissoras da cultura ancestral e religiosas. Enquanto os homens saiam para caçar, as mulheres realizavam os ritos sagrados para que a caça fosse bem sucedida e para que eles pudessem retornar em segurança. Elas eram as Grandes Sacerdotisas, Xamãs, curandeiras, parteiras e mantenedoras dos ritos e mistérios religiosos da Tribo. Homens e crianças dependiam de seus cuidados e conhecimentos, por isso eram veneradas e reconhecidas como Guardiãs dos Mistérios da Vida.
   Mais tarde quando os povos indo-europeus se converteram em tribos conquistadoras e guerreiras e se expandiram em busca de melhores temperaturas, o culto ao Deus (O Sol) suplantou o culto à Deusa. Pouco a pouco instaurou-se o culto ao Sol com a chegada da Era de Áries (2000 a 0 a.C.) e nasceu assim o patriarcalismo. Até o início da Era de Peixes, Deusa e Deus eram cultuados juntos e seus cultos eram interligados, tolerantes entre si e estavam em perfeito equilíbrio.
  A partir de 330 d.C. (quando o Catolicismo foi estabelecido como Religião Oficial) o culto à Deusa começou a declinar e aos poucos o Cristianismo foi irrompendo toda Europa e se converteu como a Religião da moda de Reis e Rainhas. Porém as pessoas comuns, os servos e servas, jamais abandonaram a Religião Antiga. O povo do campo ou os pagãos (paganus= povo do campo), devido ao seu contato direto com a natureza seguiram fiéis ao Paganismo e foi através deles que a Bruxaria passou de geração em geração e chegou até nós na atualidade, através de Gardner. São das origens primitivas do neolítico e paleolítico surgiram todas as formas de magia e Religião, inclusive e principalmente a Wicca.
  A Deusa acima de tudo  é conhecida e cultuada pelos Wiccans como a mãe de todas as coisas, Ela é a terra que nos dá a luz  e nos sustenta, e nos recebe de novo na altura em que morremos. É a fonte da fertilidade e da abundância apesar de representar a grande mãe que alimenta e que cuida, ela também representa a morte.
Os símbolos da Deusa são a Lua, o cálice, o caldeirão, a corujas, as flores, as vacas, a prata, as conchas e pérolas. A Deusa é cultuada como mãe terra, representando a plenitude na terra, sua sacralidade. Sobre a terra existimos e ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela,  A Deusa é a terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas , a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo dos vulcões, os rios, o meu corpo, o seu corpo.. enfim, a Deusa está em todas as coisas, da Deusa é todas as coisas.








As Três faces da Deusa:
  •  A Deusa como a donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo aquilo que se vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a primavera, os animais no cio e seu acasalamento. ela é a virgem independente e auto-suficiente.
  •  Como Mãe a Deusa está em sua plenitude, sua cor é o vermelho, sua época é o verão, significa abundância, proteção, procriação, nutrição, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a senhora da vida.
  •  Como Anciã que é a mulher sábia aquela que atingiu a Menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. simboliza a paciência, a sabedoria, a velhiçe, o anoiteçer, a cor preta. A anciã também é a Deusa em sua face negra da ceifeira, a Senhora da morte.

O Porquê da Iniciação?

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A Wicca é uma religião iniciática e sacerdotal. Ou seja, a partir da iniciação, todos os praticantes tornam-se sacerdotes da Deusa e do Deus. Se todos somos (a partir da iniciação) sacerdotes da Deusa e do Deus, É porque não existe distinções entre nós.
 Na wicca acredita-se na "passagem do poder" ou seja, a transferência de poder de um bruxo já iniciado a aquele que pretende iniciar-se. de qualquer forma ao meu ver eu acredito que o poder seja passado pelos Deuses a nós, então não vejo nenhum problema na pessoa auto-iniciar-se. Mas acho de suma importância também que essa mesma pessoa se inicie formalmente através de alguém já iniciado através de um coven, porque preocupo-me enormemente com o número de auto-iniciados que já se consideram aptos a iniciar neófitos. Como iniciar e celebrar um ritual pelo qual ele próprio não passou? não que isso possa invalidar o seu amor e total dedicação aos Deuses, mas certamente o invalida para iniciar neófitos. Daí a quebra da passagem da tradição repassada ao longo dos tempos.
 Saiba que pra ser um sacerdote a Wicca exige da pessoa tempo, exige estudo e uma grande dedicação. daí o período de preparação de um sacerdote se chamar "Dedicação", onde durante pelo menos um ano e um dia, o interessado irá estudar, se aprofundar nos mistérios da Deusa e celebrar a vida em suas manifestações.
É necessário que o futuro sacerdote tenha celebrado todos os sabaths e esbaths ao longo da sua roda de dedicação, por esse motivo o período de dedicação é de no mínimo uma roda. Dessa forma ele saberá se é aquilo que ele quer para a vida dele do momento de sua iniciação em diante.
 Tenha em mente que a iniciação não faz de você um bruxo ou bruxa, mas a prática faz de voçê um verdadeiro bruxo(a). Sem ela, "a prática" você pode pegar em qualquer um ritual de iniciação em algum site ou livro, e nada lhe trará mudança alguma.

Então qual a definição conhecida de autoiniciação?
A autoiniciação nada mais é do que um ritual absolutamente formal de dedicação aos deuses, entendes? é você andar conjuntamente com os Deuses a procura de entrar em seus mistérios e conheçer mais sobre eles é estudar, vivenciar e praticar Wicca.

Qual a definição de iniciação na Wicca?
A Wicca é uma religião iniciática e sacerdotal. Isso significa que, para ser Wiccano, você deva ser iniciado nessa religião.

Então para ser bruxo(a) eu preciso ser iniciado(a)??
Não necessariamente. Bruxaria e Wicca não são a mesma coisa. A Wicca requer uma iniciação para se fazer parte. já para praticar a bruxaria não totalmente.


ritual de auto-iniciação- (Dedicação aos Deuses) 

Comece despindo toda sua roupa e prepare-se para seu banho ritualístico, previamente perfumado ou com ervas - simbolizando o elemento água - para purificar seu corpo e espírito de qualquer vibração negativa. Durante banho, limpe sua mente de todos os pensamentos desagradáveis da vida moderna, e procure meditar, deixar a mente vazia até que se sinta completamente relaxado.
Logo em seguida, saia do banho e trace um círculo mágico com mais ou menos um metro e meio de diâmetro, usando um giz ou uma tinta branca. Salpique um pouco de sal - que representa o elemento terra - sobre o círculo para consagrá-lo e diga:

Com o sal eu consagro e abençôo este círculo de poder, sob os nomes divinos da Deusa e do seu Consorte, o Deus Cornífero. Abençoado Seja!

Em frente ao círculo coloque duas velas brancas – que simbolizam o elemento Fogo - e coloque também um incensório com um incenso de Mirra - que simboliza o elemento Ar – mantendo os diante de você. Logo após dispor estes elementos, sente-se no meio do círculo procurando estar voltado para o Norte, lembrando que você deve estar só e completamente nu.

As duas velas servirão para invocação do Deus e da Deusa assim como o incenso. Acenda o incenso que está à sua frente, e logo em seguida acenda uma das velas brancas e diga:

Eu te invoco e te chamo, oh Deusa Mãe, criadora da vida e da alma do Universo infinito. Pela chama da vela e pela força do incenso eu te invoco para abençoar este ritual e para garantir a minha admissão na companhia dos teus filhos amados. Oh bela Deusa da vida e do renascimento, que é conhecida como Cerridwen, Astarte, Atenas, Brígida, Diana, Isis, Melusine, Afrodite e por muitos outros nomes divinos, neste círculo consagrado a luz de velas. Eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te servir. Enquanto eu viver prometo respeitar e obedecer à tua lei de amor a todos os seres vivos. Prometo nunca revelar os segredos da arte a qualquer homem ou mulher que não pertença ao mesmo caminho; e juro aceitar o conselho wiccaniano de 'Para o bem de todos, faça-se sua vontade.' Oh Deusa - rainha de todas as bruxas -abro meu coração e minha alma para ti. Assim seja.

Acenda a outra vela branca e diga:

Eu te invoco e te chamo, oh grande Deus Cornífero dos pagãos, senhor das matas verdes e pai de todas as coisas selvagens e livres. Pela chama da vela e pela fumaça do incenso eu te invoco para abençoar este ritual. Oh Grande Deus Cornífero da morte e de tudo o que vem depois, que é conhecido como Cernunnos, Attis, Pã, Daghda, Fauno, Frey, Odin, Lupercus e por muitos outros nomes, neste círculo consagrado à luz de velas eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te bem servir enquanto eu viver. Oh Grande Deus Cornífero da paz e do amor, abro meu coração e minha alma para ti. Assim seja.
Agora mantenha suas mãos abertas e voltadas para os Céus. Feche seus olhos e visualize dois raios brancos de luz brilhante descendo dos Céus e penetrando nas palmas das suas mãos. Uma sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder do amor da Deusa e o Deus purificam sua alma.
Procure não se assustar caso você comece a ouvir uma voz (ou vozes) falando dentro da sua mente, como por telepatia. São a Mãe e o Pai dentro de você, revelando sua presença. Permaneça no círculo mágico até que as velas e o incenso terminem, assim encerra-se o ritual de Auto-iniciação.
Note que nem todos os Wiccans escutam ou percebem as verdadeiras palavras ditas pelas deidades e, neste caso, podem estar susceptíveis a sentir a presença divina do amor da Deusa. Podemos salientar que é muito comum que as deidades pagãs falem com o bruxo auto-iniciado, especialmente você for sensitivo.

O Deus Wiccan

14/08/2010

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     Quem é o Deus?


O Deus de chifres é o grande caçador, o Senhor e guardião dos animais e das florestas. É frequentemente retratado com chifres porque estes simbolizam a sua afiliação com as criaturas da terra. Ele é o guardião das entradas e do circulo mágico que é traçado para o começar de um ritual. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas. É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência.
 Ele é feroz e selvagem, sábio e delicado, o símbolo do Deus é o sol, Ele também representa o sexo e o impulso da vida. Entretanto sabendo que a Deusa preside a pulsação vital constante do universo, é de suma importância que entendamos o papel do Deus.

O culto ao Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi considerado o Deus dos animais e da fertilidade, daí os  chifres, pois os chifres sempre representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos. Com o crescimento do Cristianismo e com a intensão do Clero em derrubar a Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e como sempre vimos o Cristianismo tem o diabo como uma figura com chifres que apareceu por entre a Idade Média o que nos leva a entender que para atacar ainda mais a bruxaria usaram a imagem do Deus cornífero usurparam-na na realidade, colocando-a como uma figura malévola e inimiga dos Cristãos. Por isso que o resgatar do status deste importante Deus torna-se bastante difícil.

  Os chifres na realidade sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais portadores dos mesmos. Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía.
Quando o homem saia em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele vencera os obstáculos. Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o “Rei”. Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron foram representados com chifres. Até mesmo Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores, em sinal de respeito aos seus feitos e favores divinos. Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos antigos. Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos associaram e ainda associam-no.
  Sendo então o Deus de chifres o grande caçador, o Senhor e guardião dos animais e das florestas Ela a Deusa, é a senhora da vida, ele é o portador da luz; ela é o ventre, ele o falo ereto; ela gera a vida,  e ele é a faísca que inicia o processo, ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje.. Na primavera ela é a donzela, Ele o Deus azul do amor, no verão ela é a mãe, ele o galhudo, o Deus da vegetação e dos animais, Cernunnos; No outono ele desce para o submundo, como o Deus negro do mundo Inferior, do sacrifício e da morte, e ela a anciã que abre os portais e acolhe durante a sua transmutação. No inverno o Deus renasce do próprio ventre escuro da Deusa, fazendo dela assim sua consorte e mãe.


O Deus é simbolizado por falos e objectos fálicos, como lanças, espadas, flechas, varinhas de condão, e também pela cor dourada, por chifres, por veados, cobras, sementes, grãos maduros e foiçes.
 

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